A indústria farmacêutica brasileira está em ascensão, com previsão de um crescimento significativo nos próximos anos, segundo um estudo realizado pela Redirection International, especializada em assessoria de fusões e aquisições (M&A). Os dados apontam para um aumento de mais de 30% até o final de 2027, impulsionado por um crescimento médio anual de 8% entre 2024 e 2027.
O Brasil figura entre os principais mercados farmacêuticos globais, representando cerca de 7% do consumo de produtos farmacêuticos pelas famílias brasileiras. Gabriel Loest Cardoso, economista e sócio da Redirection International, destaca o potencial de crescimento do setor, que pode dobrar a taxa mundial prevista, chegando a 10% ao ano.
O estudo, fundamentado em uma análise econométrica dos números do setor e nas perspectivas macroeconômicas do país, considera diversos fatores impulsionadores, como o avanço das vendas online, o aumento dos gastos públicos e a ampliação de políticas para incentivar a produção nacional de medicamentos. Além disso, o envelhecimento da população e a crescente conscientização sobre saúde contribuem para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias na indústria farmacêutica.
Com o bom desempenho previsto, as transações de fusões e aquisições no setor também devem ganhar impulso. Embora o ano de 2023 tenha sido desafiador globalmente, o segmento farmacêutico registrou uma aceleração nas atividades de M&A no final desse ano e início de 2024.
Segundo Cardoso, há oportunidades tanto para grupos estrangeiros quanto domésticos, não apenas em laboratórios, mas também em ativos que agregam valor à cadeia de abastecimento, como distribuição e portfólio de produtos. Os investidores estão de olho em aquisições de laboratórios menores, diversificação de produtos e inovações tecnológicas, incluindo a Inteligência Artificial.
Em resumo, a indústria farmacêutica brasileira está em um momento promissor, com perspectivas de crescimento robusto e oportunidades de investimento que podem impulsionar ainda mais o setor nos próximos anos.